quarta-feira, 13 de março de 2013

Você, só você...

E quando você me cansa eu enfio a minha cabeça no fortinho do seu peito, eu que sempre odiei os malhados, e peço a Deus para que eu nunca desista de te odiar tanto assim, porque não pode existir ódio mais cheio de borboletas, notas musicais e passarinhos azuis. Eu quero sim te matar, porque você tem uma mania surda de responder todas as minhas perguntas com um "ãhhh?" enjoado, e eu quero te socar porque você já descobriu tudo o que me irrita e gosta de me ver assim. Mas quando qualquer outra coisa no mundo me irrita, eu lembro que eu tenho você pra me fazer sentir essa raiva nossa. Não somos um casal melado, mas duvido que tenha alguém que duvide do nosso amor. Quer dizer, a gente duvida, mas a gente é louco. E o homem perfeito teria a maior paciência do mundo em me curar dessa loucura, e você tem a maior paciência do mundo em aumentar a minha loucura. Mas eu preciso da minha loucura para ter coragem, realizar nossos sonhos, enfrentar coisas que sei não enfreitaria sem mim... E sua cara de sonso despretensioso para a vida, enquanto eu coleciono rugas, berros e inchaços. A sua cara de que "não é comigo" vai muito bem com a minha máscara da agressividade que acredita que tudo é comigo. (...) É cansativo viver sem vírgulas, mais isso é ótimo para você não enjoar de mim. Te amar não é fácil, é quase o anti-amor, e eu te anulo a vezes, mais não tem jeito, te amo mesmo assim... Você enterrou meu sonho aprisionado pela perfeição, e me libertou para vive-lo...eu não sou perfeita, não preciso ser, sei que me ama do meu jeito... E a gente vai por aí, se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado.

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